sexta-feira, 26 de abril de 2013


Polícia investiga seita religiosa por suspeita de trabalho escravo

Héber Fraga 25 de abril de 2013
Polícia investiga seita religiosa por suspeita de trabalho escravo
Nesta terça-feira (23) a Polícia Federal, juntamente com o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho, fez uma operação para fiscalizar uma seita religiosa chamada “Jesus a verdade que marca”. A fiscalização está sendo realizada nas fazendas e estabelecimentos comerciais de seita que segundo a polícia atura nas cidades de Minduri (MG), Andrelândia (MG), Madre de Deus (MG) e São Vicente de Minas (MG).
As investigações estão sendo feitas depois da suspeita dos líderes da seita estarem usando seguidores fiéis para a prática de trabalho ilegal em fazendas e comércios. Conforme a polícia, a seita é oriunda do Estado de São Paulo, mas em 2005, mudou-se para Minas Gerais.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, algumas pessoas que faziam parte do grupo procuraram ajuda e relataram aos policiais que os integrantes são cooptados pela seita e obrigados a vender todos os seus bens materiais e doar o dinheiro para os líderes do grupo. O argumento usado pelos líderes da seita é de que os integrantes deveriam “viver isolados e desprendidos dos bens materiais, onde tudo é de todos”, diz a Polícia Federal.
Também foi apontado que os líderes da seita circulam em veículos luxuosos e submetem os adeptos a exaustivas jornadas de trabalho. A única recompensa que os seguidores recebem é a alimentação.
A investigação está sendo feita por 82 policiais federais, sete fiscais do Ministério do Trabalho e um membro do Ministério Público do Trabalho participam da operação que recebeu o nome de “Operação Canaã”. Conforme a polícia, se as denúncias forem confirmadas, os envolvidos podem responder por prática de trabalho escravo ou degradante. A pena prevista é de dois a oito anos de prisão, além de multa.

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